Brancos representam 73,6% – ou 981.251 indivíduos – dos moradores de Porto Alegre, segundo o Censo Demográfico 2022, que teve novos dados divulgados nesta sexta-feira (22). Além disso, o levantamento indica que a Capital tem 168.196 pretos (12,6%), 178.354 pardos (13,4%), 2.306 amarelos (0,2%) e 2.957 indígenas (0,2%).
Ainda que seja maioria, a parcela das pessoas autoidentificadas brancas caiu 6,1% na comparação com o censo anterior, de 2010. Os percentuais de amarelos e indígenas diminuíram 0,1% cada. Pretos e pardos aumentaram 2,6% e 2,8%, respectivamente.
Porto Alegre é a terceira capital com a maior proporção de brancos: fica atrás apenas de Florianópolis (76,4%) e Curitiba (74,4%). “A sua cor ou raça é: branca, preta, amarela, parda ou indígena?” foi a pergunta feita no levantamento. Conforme o IBGE, cor ou raça é uma percepção que o informante tem sobre si mesmo (autoidentificação) e sobre com os outros moradores se autoidentificam (ausentes). Veja no fim da reportagem mais informações sobre os critérios e os motivos da questão.
Os dados nacionais informam que a parcela parda da população é a mais numerosa. O grupo foi estimado em 92.083.286 pessoas ou 45,3% dos habitantes do país.
O Rio Grande do Sul é o Estado com o maior percentual de brancos entre as unidades da federação. O levantamento estimou o grupo em 8.534.229 pessoas ou 78,4% da população gaúcha. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa etapa de divulgação do Censo 2022 mostra o quantitativo da população por cor ou raça, dividida nas categorias branca, preta, parda, amarela e indígena, até o nível de município. O material também permite identificar a distribuição por sexo e faixa etária de cada um dos grupos analisados. Segundo o IBGE, com esses dados, será possível subsidiar estudos sobre demografia e desigualdades étnico-raciais no Brasil.
Veja no mapa os dados de outros municípios do RS:
Critério para a coleta de dados
Segundo o IBGE, cor ou raça é uma percepção que o informante tem sobre si mesmo (autoidentificação) e sobre como os outros moradores se autoidentificam (ausentes). Além disso, o quesito é denominado cor ou raça e não apenas "cor" ou apenas "raça", pois há vários critérios que podem ser usados pelo informante para a classificação, tais como: origem familiar, cor da pele, traços físicos, etnia, entre outros, e porque as cinco categorias disponíveis — branca, preta, amarela, parda e indígena — podem ser entendidas pelo informante de forma variável. O instituto reforça que raça "é uma categoria socialmente construída na interação social e não um conceito biológico".