A apresentadora Cristina Ranzolin postou o vídeo acima em suas redes sociais, nesta quinta-feira (2), para explicar sua ausência do Jornal do Almoço, na RBS TV, desde segunda-feira (30). Depois de episódios de febre e cansaço, exames identificaram que a jornalista tem mononucleose, quadro viral causado pelo vírus Epstein Barr.
— Quando voltei de férias, há duas semanas, notei que estava mais cansada. Voltei em cima do laço, numa terça-feira à noite. Na quarta-feira, já estava trabalhando — contou.
Cristina recupera-se no Hospital Nora Teixeira, em Porto Alegre, onde, casualmente, semanas antes, conduziu a apresentação do evento de inauguração da instituição. Ela lembra que ventava muito naquele dia.
— Comentei com o Tulio (Milman), que estava comigo (na apresentação), que poderíamos pegar um resfriado, o que acabou acontecendo. Nem consegui fazer minhas atividades físicas habituais. Mas achei que ainda se tratava do retorno corrido das férias e adaptação ao nosso fuso horário novamente — relembra, citando que se automedicava nesse meio tempo, o que, admite, não é o indicado.
Na quarta-feira da semana passada, Cristina voltou a não se sentir muito bem, chegando a ter febre e calafrios. Passou por consultas médicas e exames, já que suspeitava de covid-19, mas os resultados foram negativos. Decidiu comemorar o aniversário de 57 anos no litoral com a família, no dia 28 de outubro, mas a febre retornou e chegou a 39,5 graus no final de semana.
— Fiquei demolida. Já ia fazer uma investigação nesta semana, mas fui direto para o hospital, onde estou desde domingo (29). Depois de me virarem do avesso em exames, finalmente, na manhã de quarta-feira, descobri este vírus, o Epstein Barr.
Exames ainda analisarão se o problema está associado a uma infecção bacteriana. Cristina acredita que o pico da doença já passou, ainda que tenha quadros de prostração e episódios de febre.
— É uma doença de muitos altos e baixos. Os médicos me informaram que dura no organismo, em média, três semanas. Mas só me liberarão depois que eu estiver 100%. A imunidade baixa pode abrir portas para outras coisas. É como me disseram: chamam de paciente porque precisa ter paciência — sorri.
Para os telespectadores que anseiam por seu retorno, Cristina diz que logo, logo estará de volta à tela da RBS TV.
— Não havia falado sobre a doença antes porque não tínhamos o diagnóstico. Sempre conto sobre meu estado de saúde, tanto em situações alegres quanto tristes, não iria esconder agora. Mas posso adiantar uma coisa: devemos sempre nos ouvir, saber como nosso corpo está, tirar um tempo para a nossa saúde. Às vezes, esquecemos disso — ensina.
O que é a mononucleose
É uma doença transmitida principalmente por meio da saliva da pessoa que apresenta o quadro. Também pelas mãos. Segundo o médico consultado nesta reportagem de GZH sobre a doença, como todo vírus, existe um intervalo de tempo entre o momento que a pessoa se infecta e o aparecimento dos sintomas. O Epstein-Barr, que é o caso da Cristina, pode ocorrer por um período de 30 a 45 dias.
Não há vacina nem medicações que evitem ou curem a doença. O tratamento se concentra no alívio dos sintomas para diminuir o incômodo. A doença melhora de maneira espontânea.
A melhor forma de prevenção é evitar o contato com pessoas doentes. O vírus não costuma permanecer muito tempo no ambiente. Portanto, a transmissão acontece fundamentalmente pelo contato direto.
Além de febre, o Epstein-Barr provoca o aparecimento de dor de garganta e adenomegalias no pescoço – as populares “ínguas”. No ano passado, a cantora Anitta revelou ter sido diagnosticada com este vírus.