Morreu nesta segunda-feira (24), em Porto Alegre, o jornalista e fotógrafo Mário Henrique Brasil. Mário passou mal pela manhã e chegou a receber atendimento médico antes de falecer. Ele tinha 52 anos. O velório ocorre nesta terça-feira (25), entre 8h e 11h, no Crematório Metropolitano, em Porto Alegre. Ele deixa o pai Paulo Brasil, quatro irmãos e seis sobrinhos.
Nascido na Capital, Mário teve uma infância tranquila, mas marcada por muitas mudanças, em virtude da profissão do pai, militar. Dono de uma personalidade sensível e, ao mesmo tempo, questionadora da realidade, interessou-se pelo jornalismo e pela fotografia, como explica a irmã, Jaqueline:
— Ele tinha um posicionamento forte e uma sensibilidade muito grande, que eu acho que acabou carregando ele para o jornalismo e, principalmente, para a fotografia. Ele tinha essa sensibilidade e um olhar muito especial para a foto. Era o trabalho e o hobby dele ao mesmo tempo — comenta.
Mário formou-se jornalista na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e ingressou em Zero Hora em 1995, ficando até 2005. Em 10 anos na publicação, fez sua personalidade refletir no trabalho que entregava, como registra seu editor à época, Ricardo Chaves:
— A gente pode chamar a atenção para a sensibilidade na fotografia. O Mário era incapaz de invadir a privacidade de alguém ou faltar com respeito. Era um pessoa do bem. Afetuoso, bom caráter, solidário, inteligente e bem humorado. Perdemos o que se pode chamar de um cara de alma boa — lamenta Chaves.
Tinha gosto por conhecer lugares e adorava viajar, tendo passado um tempo vivendo em Portugal. Mário convivia com uma doença psíquica que acabou limitando suas experiências e o afastou de muita coisa, revela a irmã.
— Vai ficar na lembrança esse Mário alegre, engraçado, que gostava de Legião Urbana. Adorava cantar Legião Urbana, acho que era a banda preferida dele. Vai ficar sempre esse carinho. Ele era uma pessoa muito especial — completa Jaqueline.