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Está com muita vontade de renovar a casa, trocando aqueles móveis que já estão velhos, mas não pode gastar muito? As técnicas de envelopamento e adesivagem são alternativas baratas em comparação ao preço de um móvel novo e podem ser aplicadas em todos os ambientes: sala, cozinha, quarto e até mesmo no banheiro.
Cristiana Brodt Bersano, professora da Escola Politécnica do curso de Arquitetura da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), explica a diferença entre os métodos:
— O envelopamento é quando se cobre o móvel inteiro com o adesivo, e adesivagem é quando fazemos somente uma parte dele, um detalhe.
A arquiteta Li Puente afirma que o material indicado para essas técnicas é o adesivo vinílico, que pode ser comprado por metro em lojas específicas de material gráfico. Ela salienta que não é indicado utilizar papel contact vendido por papelarias, pois não fixa bem.
— Eles são parecidos, mas a diferença está na cola. O contact não tem boa qualidade, a cola seca logo depois que abre, o que dificulta a aplicação ou solta logo em seguida — esclarece.
Segundo a professora, o ideal é o adesivo vinílico automotivo, que é mais grosso. Ela destaca que há vários tipos e espessuras, e que o preço está relacionado com a qualidade do material. Além disso, o cliente pode escolher entre as cores prontas, encomendar uma específica ou reproduzir fotos e desenhos.
Pode aplicar em qualquer móvel?
As profissionais ressaltam que o vinílico pode ser aplicado em qualquer superfície lisa: móveis e objetos de madeira, metal ou vidro e paredes. Li Puente alerta que madeiras com irregularidades, por exemplo, podem ficar com bolhas, mesmo com cuidado no momento da aplicação.
— Tu podes adesivar uma cozinha, inclusive as peças de vidro, podes trocar a cor de qualquer móvel ou objeto na casa. Até os interruptores podem ser envelopados e ficam diferentes — comenta a arquiteta.
Como fazer
Antes de aplicar o vinílico, o ideal é limpar a superfície usando um pano e álcool isopropílico para remover a oleosidade do material. Não é necessário lixar para dar aderência nem passar outro produto antes.
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No momento da aplicação, é preciso utilizar uma espátula de silicone, que pode ser comprada em ferragens ou lojas de tintas. Estilete e régua são essenciais para medir e cortar.
Li orienta que, para envelopar um móvel inteiro, será necessário desmontá-lo, retirando todos os puxadores e parafusos. Em móveis com curvaturas, pode-se utilizar um secador de cabelo, que dá uma amolecida no adesivo, deixando-o mais maleável.
— Quando ficar alguma bolha, não se deve retirar o adesivo para tentar colar de novo. Basta furar a bolha com uma agulha e passar a espátula novamente que ficará liso — recomenda.
O secador também pode ser usado para retirar o adesivo de paredes e móveis sem danificar os materiais.
Durabilidade
De acordo com Cristiana, a previsão é de que os adesivos durem cerca de sete anos em ambientes internos, mas esse período pode aumentar ou diminuir em função da aplicação, conservação e exposição. Ela enfatiza que é preciso cuidar para não utilizar nenhum produto abrasivo que possa arranhar o vinílico.
— Ele é um material forte e durável, mas a indicação é limpá-lo com sabão neutro — afirma.
Caso a pessoa enjoe da cor do adesivo, é possível retirá-lo e substituí-lo por outro — o que, para a professora, é uma supervantagem.
Outras dicas
Fora essas duas técnicas, há outros truques para transformar os móveis antigos da casa. A arquiteta e professora do curso de Design de Interiores da Ulbra Patricia Gubert Neuhaus afirma que as trocas de acessórios — como puxadores e pés — e tecidos podem ser alternativas interessantes e baratas.
A pintura com rolo ou spray também é indicada para essas pequenas mudanças. Além disso, há técnicas como a estêncil (aplicação de desenhos ou ilustrações), a pátina (pintura e lixação) e a ombré (degradê de tonalidades).
Produção: Jhully Costa