A adoção da cadeirinha para o transporte de crianças de até sete anos e a obrigação do cinto de segurança no banco de trás até os nove anos diminuíram as mortes e internações de crianças no Brasil entre 2010 e 2018.
Os dados são do Ministério da Saúde, conforme análise do Conselho Federal de Medicina (CFM), em parceria com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
O número de internações de crianças acidentadas em estado grave teve queda 33% no período. As mortes de pessoas nessa faixa etária transportadas em veículos automotores caíram cerca de 20%.
O estudo indica que esses números envolvendo acidentes com crianças diminuíram no mesmo período em que o número de veículos nas ruas cresceu cerca de 50%. Entre 2010 e 2018, a frota no país aumentou de 37,25 milhões para 54,7 milhões.
Média era de 37 mortes por ano
Os dados coincidem com a obrigatoriedade da cadeirinha e do cinto de segurança no banco traseiro para os pequenos — Resolução 277 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que passou a ser fiscalizada em 2010. Conforme nota divulgada pelo CFM, antes da resolução, em média 37 crianças de 0 a 9 anos morriam por ano em decorrência da gravidade dos acidentes. Em 2017, os casos caíram para 18.
De 1996 a 2017, o Brasil perdeu 6.363 crianças menores de dez anos que estavam dentro de algum tipo de veículo envolvido em acidente. Crianças entre zero e quatro anos de idade foram vítimas fatais em 53% dos episódios.