Por cinco dias, o designer do Rio de Janeiro Paulo de Oliveira, se viu em uma posição inimaginável para alguns, a de homem mais rico do Brasil, com R$ 120 bilhões depositados em sua conta bancária por conta de um erro no sistema da Caixa Econômica Federal.
Em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, na manhã desta quinta-feira (25), Paulo falou, com muito bom humor, sobre a situação inusitada que viveu na última semana. Ao ir até o mercado para fazer as compras, o designer não conseguiu realizar o pagamento, porque a conta já havia sido bloqueada por conta do valor suspeito.
— Nessa hora, eu pensei: "pô, eu estou pobre, mas não tanto assim" — afirmou Paulo.
Ao abrir o aplicativo do banco para verificar o que havia acontecido para que não conseguisse utilizar o cartão, Paulo viu que uma "compensação retroativa" de R$ 120 bilhões constava em sua conta.
— Do coração eu sei que eu não morro mais, do coração eu estou bem — disse.
O designer conta ainda que até tentou fazer alguma movimentação, como uma transferência para uma conta poupança, mas sem sucesso.
— Se eu tivesse ficado com esse dinheiro durante cinco dias na poupança, teria me rendido R$ 140 milhões — brincou.
Apesar das brincadeiras, Paulo conta que tentou resolver a situação ao tentar ligar para a Caixa e informar o erro, mas que, depois de alguns minutos apenas "ouvindo uma musiquinha", desistiu e decidiu que iria pessoalmente até sua agência para resolver o problema.
— A gente fica brincando que faria isso, que faria aquilo, mas eu sabia que aquele dinheiro não era meu, não iria fazer nada com ele —confessou aos apresentadores Potter, Kelly Matos e David Coimbra. — Fui ao banco e falei com a minha gerente, disse que tinha um "pequeno" depósito lá. Foi engraçado, porque ela ficou tipo "como assim?", e eu disse: "pois é, R$120 bilhões. Deve ter sido de alguma das propriedades que eu vendi".
Segundo Paulo, a gerente do banco chegou a questionar se ele estava realmente esperando algum depósito, e ele, brincando com a quantidade em questão, respondeu:
— Só se eu tivesse vendido a Amazônia.
Por fim, Paulo confessou que gosta de fazer piada com o que aconteceu, mas que jamais ficaria com um dinheiro que não é dele.
— É isso que está faltando no Brasil, que as pessoas tenham a consciência de que, se a gente não pegar o que não é nosso, já resolvemos um monte de problema — finalizou.