A Mancha Verde, escola de samba do Palmeiras, é a grande campeã do carnaval 2019 de São Paulo. É o primeiro título da escola. Vai-Vai e Acadêmicos do Tucuruvi foram rebaixadas.
A campeã, que levou 3 mil componentes para a Avenida, conquistou o troféu com o desfile sobre a princesa africana Aqualtune, avó de Zumbi dos Palmares, e discutiu escravidão, direitos de negros e mulheres e intolerância religiosa na avenida.
Em 2018, a Mancha ficou na terceira colocação, atrás da campeã Acadêmicos do Tatuapé e da vice Mocidade Alegre, apenas por causa dos critérios de desempate.
A Mancha Verde foi a terceira a desfilar na madrugada de sexta-feira (1) para sábado (2). O grupo entrou na avenida por volta de 1h30min. Nas cores verde, branco e vermelho, a escola cantou, sambou e desfilou em homenagem à saga de uma guerreira negra. O samba-enredo, Ôxala, Salve a Princesa! A Saga de uma Guerreira Negra!, é um canto às tradições de origem africana: cita maracatu, Iemanjá, África e Zumbi dos Palmares.
Uma ala do grupo fez referência ao Congo como local de escoamento de marfim e outros produtos da região. Logo no primeiro carro alegórico, destaque para os elefantes com dentes de marfim e para imagens de mulheres negras.
A primeira ala invadiu a avenida com fantasias ricas em detalhes com lantejoulas, brilhos e fitas. O verde em diferentes tonalidades dominou o desfile, que reuniu três mil componentes ao todo.
Uma senhora que desfilava na primeira ala da Mancha Verde passou mal e precisou ser retirada na metade da avenida. Ela teve apoio da equipe da escola, entre eles o diretor de alas, que retirou toda a fantasia para que a participante conseguisse respirar. Ela também foi auxiliada por espectadores, que buscaram água. A senhora foi removida da avenida pelo acesso à sala de imprensa.