A segunda e última noite do Carnaval de São Paulo começou às 22h30min deste sábado (2), no Sambódromo do Anhembi. A folia começou com o desfile da Águia de Ouro que, com o enredo "Brasil, Eu Quero Falar de Você!", abordou a exploração do povo brasileiro desde o período colonial chegando aos dias de hoje.
A Dragões da Real, vice-campeã em 2017, com o tema “A Invenção do Tempo. Uma Odisséia em 65 Minutos” falou da relação da humanidade com o tempo. Já a Mocidade Alegre entrou no sambódromo cantando o samba “Ayakamaé - As Águas Sagradas do Sol e da Lua”, que versava sobre a lenda indígena da criação do Rio Amazonas.
“Vai-Vai, O Quilombo do Futuro” foi o tema da escola do Bixiga. A letra e as alegorias da escola remontaram às lutas da população negra por liberdade no passado que se transformam em uma batalha contra o racismo nos dias atuais.
Já a Rosas de Ouro, com o enredo “Viva Hayastan!”, fez uma homenagem ao povo armênio, vítima de um genocídio praticado pelo Império Otomano no início do século XX.
A Unidos da Vila Maria, por sua vez, saudou o povo peruano e as suas origens no Império Inca com o enredo “Nas asas do grande pássaro, o voo da Vila ao Império do Sol”. Foram lembrados símbolos da região como o condor, os templos pré-hispânicos e as montanhas da Cordilheira dos Andes.
Por fim, quando o sol já raiava, a Gaviões da Fiel pisou na avenida com uma reedição de uma tema de 1994, sobre o tabaco. Em “A Saliva do Santo e o Veneno da Serpente”, a agremiação trouxe os dois lados da planta, que pode ser usado de forma medicinal ou para prazer, mas também pode fazer mal se usada abusivamente.