O custo mais alto depois da compra de um carro é o combustível. Com o preço da gasolina beirando os R$ 5 em Porto Alegre e Região Metropolitana, quem roda cerca de 1,5 mil quilômetros por mês, no final de um ano terá gasto cerca de R$ 9 mil – levando-se em consideração um automóvel que tenha consumo médio de 10km/l. E gasta mais quem dirige de forma equivocada e não cuida da mecânica. Para ajudar os leitores a economizarem dinheiro poupando combustível, GaúchaZH ouviu especialistas e preparou um guia com sete pecados do motorista.
1) Pé pesado
Abusar do acelerador é o pecado capital para gastar combustível. A troca de marchas na hora certa é fundamental para não jogar gasolina pelo ralo. Ao esticar as marchas e exceder os 3,5 mil giros com frequência, é empregada uma força desproporcional no motor. Quanto mais força ele fizer, mais consumirá.
2) Pneus descalibrados
Um vez por mês, após abastecer, estacione diante de um calibrador de pneus. O serviço costuma ser gratuito, é simples e rápido. Pesquisas mostram que o consumo de combustível aumenta 15% para cada quatro libras a menos de pressão. Manter os pneus com a calibragem correta prolonga a vida útil dos pneus. Consulte seu manual para saber quantas libras usar.
3) Carro desalinhado
Quem vai a supermercado sabe da força que é preciso fazer para empurrar um carrinho com rodinhas tortas. Com o carro ocorre o mesmo: com rodas desalinhadas, o consumo aumenta devido ao esforço extra do motor. Este problema ocorre, principalmente, quando você pega muitos buracos ou encosta as rodas no meio-fio. A recomendação dos fabricantes é fazer alinhamento a cada 10 mil quilômetros.
4) Uso de penduricalhos
As montadoras investem milhares de dólares para reduzir o coeficiente de aerodinâmica (força que o ar exerce sobre o carro em movimento). Por isso, especialmente em estradas, devem ser evitados alguns acessórios para acoplar bagagens muito pesadas e volumosas no teto dos veículos. Eles aumentam o peso no carro e a resistência ao ar, obrigando o motor a trabalhar mais.
5) Porta-malas lotado
Quando a casa é apertada ou a despensa está cheia, uma saída é deixar no porta-malas do carro algumas tralhas grandes e pesadas. Porém, essas tralhas pesam e, consequentemente, fazem o carro consumir mais combustível. Alguns exemplos: engradados de bebidas, fardos de refrigerante, material da pescaria, caixa de ferramentas etc.
6) Rotas congestionadas e cheia de semáforos
Se você não mora em cidades grandes e tem a opção de escolher, evite caminhos com muitos semáforos, curvas e tráfego intenso: nem sempre o caminho mais curto é o mais econômico. E mais: não precisa passar calor, mas tem gente que anda com o ar-condicionado sempre ligado. O acessório consome, em média, 15% a mais de combustível dentro da cidade. Na estrada, faça o contrário: use o ar, pois os vidros abertos prejudicam a aerodinâmica.
7) Esquecer das velas do motor
As velas têm, para o motor, o mesmo papel que o acendedor tem para o fogão: fazem a combustão da mistura ar/combustível que ocorre dentro do motor. Quando a faísca está fraca, parte do combustível não é queimada e é expelida pelo escapamento. Na maioria dos veículos, velas devem ser trocadas a cada 20 mil quilômetros.