Após a aprovação na Câmara dos Deputados do projeto de lei (PL) que descriminaliza o aborto na Argentina, profissionais da saúde se uniram contra a decisão e prometem não cumprir a lei, caso ela passe pelo Senado. A votação na casa está marcada para o dia 8 de agosto.
De acordo com o jornal O Globo, o projeto aprovado prevê a "objeção de consciência", ou seja, permite que os profissionais que se negam a fazer aborto sejam previamente inscritos em uma lista do sistema de saúde. Caso o PL seja sancionado e o trabalhador que recusar o procedimento não estiver nesses registros contra o aborto, ele pode ser condenado pela Justiça a até três anos de prisão.
No perfil do Twitter "Profesionales Salud Por La Vida", os profissionais têm postado vídeos e fotos usando as hashtags #nocuentemconmigo (não contem comigo) e #sialavida (sim à vida). Em um dos vídeos, um médico destaca o "desconhecimento das autoridades do código de ética médica vigente no país" em relação à concepção.
Outra profissional alega que "jurou defender a vida e nunca usar nada que cause abortos". Assinado por "Dra. Brandolini", o tweet reforçou que a o juramento não é religioso: "não é católico, é de Hipócrates".
Ainda segundo O Globo, os profissionais contrários ao aborto já realizaram passeatas em várias províncias como Córdoba, Mendoza e Chaco.