Os dois homens negros inocentes detidos em um café Starbucks na Filadélfia chegaram nesta quarta-feira (2) a um acordo com a rede e com o governo municipal, que financiará com US$ 200 mil um programa educacional para jovens empresários.
A detenção policial de Rashon Nelson e Donte Robinson em 12 de abril, quando uma gerente do café chamou a polícia para denunciá-los enquanto aguardavam um amigo no café sem ter consumido nada, gerou indignação nos Estados Unidos e pedidos de boicote.
As vítimas decidiram não processar o município, que só pagará um dólar para cada um, mas destinará US$ 200 mil a um programa piloto para estudantes de escolas secundárias públicas que queiram se tornar empresários.
"Estou satisfeito por ter resolvido processos potenciais contra a cidade desta maneira produtiva", disse o prefeito Jim Kenney em comunicado.
O prefeito contou que "em vez de gastar tempo, dinheiro e recursos" em um julgamento, Rashon Nelson e Donte Robinson "nos convidaram a colaborar com eles em uma tentativa por tirar algo de positivo de tudo isso".
A Starbucks também chegou a um acordo amistoso com ambos nesta semana, informou a empresa nesta quarta-feira. O compromisso "incluirá um acordo financeiro", informou a companhia.
No mês passado, o presidente da Starbucks, Kevin Johnson, pediu desculpas pelo incidente. O grupo anunciou que seus mais de 8 mil estabelecimentos nos Estados Unidos vão fechar na tarde de 29 de maio para que cerca de 175 mil funcionários façam uma formação sobre racismo e discriminação.
O chefe de polícia da Filadélfia também pediu perdão às vítimas.
— Errei completamente — disse o comissário Richard Ross, que é negro e inicialmente havia defendido os policiais.