Vaticano e a Federação Luterana Mundial pediram perdão pela violência e se comprometeram a continuar atuando para diminuir suas diferenças, em um comunicado conjunto difundido nesta terça-feira (31) pelo 500º aniversário da reforma.
"Pedimos perdão por nossos fracassos, as formas com que os cristão feriram o corpo do senhor e se ofenderam uns aos outros durante os 500 anos transcorridos desde o início da Reforma até hoje. Nós nos comprometemos a continuar a caminhar juntos em busca de um consenso substancial para diminuir as diferenças entre nós", diz o texto.
Na declaração conjunta, o Vaticano concorda com os luteranos a "dar graças (...) pelos dons espirituais e teológicos recebidos através da reforma. Pela primeira vez, os luteranos e os católicos veem a reforma a partir de uma perspectiva ecumênica. Isso permite um novo olhar sobre os eventos do século XVI que levaram à nossa separação", acrescenta o comunicado.
"Reconhecemos que, se o passado não pudo ser alterado, a sua influência sobre nós hoje pode ser transformada (...) Está claro que o que temos em comum é muito maior do que o que nos separa", insiste o texto.
A declaração refere-se, em particular, à situação de casais mistos católicos/protestantes que desejam poder comungar em ambas igrejas.
"Desejamos ardentemente que essa ferida (...) seja curada. É o objetivo de nossos esforços ecumênicos, que queremos avançar, incluindo na renovação do nosso compromisso com o diálogo teológico", diz o texto.