Cristiane Bazilio
Sentar no sofá da sala da aposentada Wanda Zimny, em Alvorada, e ouvi-la falar sobre suas lembranças de infância e narrar a trejetória da sua família é mais do que desfrutar da agradável companhia de uma simpática senhora de 76 anos e impressionar-se com sua quase intacta memória. É praticamente uma aula de história. Polonesa, ela veio para o Brasil em 1949, aos oito anos, junto com a família, refugiados da Segunda Guerra Mundial, período em que viveram forçadamente na Alemanha, já que, por fazer divisa com o país dominado por Hitler, foi o primeiro alvo de invasões. Enquanto judeus eram mandados aos campso de concentração, quem não era, como Wanda e os pais, trabalhava como empregado de famílias alemãs. Por aqui, estabeleceram-se em Porto Alegre, e ela cresceu ouvindo as histórias da mãe sobre uma vida de privações e saudade dos entes queridos que ficaram para trás. Agora, Wanda decidiu reunir todas essas recordações em um livro, mas precisa de ajuda financeira para editá-lo e publicá-lo.