Apenas 40% das meninas com idade para receber doses da vacina contra o HPV – papiloma vírus humano – foram imunizadas no Rio Grande do Sul. Quando o índice trata dos meninos, o número é ainda mais alarmante: 6% deles receberam as doses. A média nacional de aplicação no público feminino é de 74,7% para uma dose e 47% duas doses, que é a recomendação do Ministério da Saúde. A campanha para vacinação dos meninos, que começou em janeiro de 2017, já conta com 23,6% do público alvo vacinado em todo o país.
Para o secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, a baixa procura pode estar relacionada à cultura mais fechada do gaúcho:
– Há certa resistência dos pais, infelizmente, em fazer esta vacina, pois ela é emblemática: está muito relacionada com a questão da sexualidade. Como é uma vacina que se orienta que seja realizada antes da iniciação sexual, muitos pais ficam reticentes em fazer a vacina e que isso possa passa a impressão de que eles estão liberados para praticar sexo – disse.
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Para tentar melhorar os índices e cobertura, o governo do Estado fará uma campanha para atualização da caderneta de vacinação dos adolescentes entre os dias 21 e 25 de agosto. Serão realizadas ações nas redes sociais e na mídia mostrando a importância da vacinação e alertando para a baixa procura entre os jovens.
Nas escolas, os professores trabalharão o tema em sala de aula, uma parceria entre secretarias municipais de Saúde e Secretaria Estadual da Educação.
Durante a campanha os jovens serão chamados a receber doses das vacinas contra o HPV, Hepatite B;Difteria e Tétano; Febre Amarela; Sarampo,Caxumba e Rubéola -SCR e Meningocócica C. Devem receber vacina contra o HPV, meninas entre 9 e 27 anos incompletos e meninos de 11 a 27 anos incompletos.