O Brasil deve gastar, nos próximos anos, em torno de US$ 10 bilhões com doenças e anomalias causadas pelo zika vírus. Somente de 2015 para cá, os custos chegaram a US$ 4,6 bilhões, nada menos do que 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Os dados fazem parte de um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o impacto socieconômico do zika em países afetados pela epidemia.
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A organização estima que os investimentos para o tratamento de uma criança com microcefalia, malformação associada ao vírus, chegue perto dos US$ 900 mil ao longo da vida. O Brasil é um dos países mais afetados pela epidemia, que foi registrada em mais de 45 nações, especialmente na América Latina e no Caribe, onde as perspectivas apontam para gastos em torno de US$ 18 bilhões ou R$ 56 bilhões.
De acordo com o documento, que contou com a colaboração do Ministério da Saúde em sua elaboração, o número de casos da infecção por zika tem diminuído no Brasil, país considerado fundamental nas pesquisas e no desenvolvimento de soluções para o problema. As dificuldades da população mais pobre de ter acesso aos serviços de saúde é um dos pontos a ser combatido pelos países no enfrentamento da zika, assim como o empenho em ações de prevenção, como o combate ao mosquito aedes aegypti.