Em cerimônia no Palácio do Planalto em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, o presidente Michel Temer afirmou que as mulheres têm uma "grande participação" na economia porque ninguém é mais capaz do que elas para "indicar os desajustes de preço no supermercado e ninguém é melhor para detectar as eventuais flutuações econômicas, pelo orçamento doméstico maior ou menor".
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Temer disse também que, com as perspectivas de recuperação econômica, as mulheres terão mais oportunidades de emprego, além de cuidar dos "afazeres domésticos".
– Com a queda da inflação e dos juros, com o superávit recorde da balança comercial, com o crescimento do investimento externo, isso significa emprego, e significa também que a mulher, além de cuidar dos afazeres domésticos, terá um campo cada vez mais largo de emprego – afirmou, ressaltando que tem dito a empresários que a recessão "está indo embora".
O presidente declarou também que a formação dos filhos é feita pelas mulheres, não pelos homens.
– Tenho absoluta convicção, até por formação familiar, por estar ao lado da Marcela (Temer), do quanto a mulher faz pela casa, do quanto faz pelo lar, do quanto faz pelos filhos. Se a sociedade, de alguma maneira, vai bem, e os filhos crescem, é porque tiveram uma adequada formação em suas casas, e seguramente isto quem faz não é o homem, mas a mulher – disse.
Temer destacou que a Constituição prevê direitos e deveres iguais para homens e mulheres e que, neste momento, "cada vez mais rapidamente", a mulher vai ocupando "espaço cada vez mais significativo, mais enaltecedor".
Afirmou também que as mulheres são "a força motriz mais relevante" do Brasil.
A cerimônia contou com a presença da primeira-dama Marcela Temer, da ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, a secretária nacional de Políticas para as Mulheres, Fátima Pelaes, a advogada-geral da União, Grace Mendonça, e o ministro da Saúde, Ricardo Barros. A plateia era formada predominantemente por mulheres, muitas delas deputadas federais.
Marcela, que falou por pouco mais de 2 minutos, destacou as mulheres que cuidam de seus filhos sob condições precárias, muitas vezes sozinhas.
– Mesmo com a busca pela legitimidade de apontar o que é melhor para nós, há momentos em que a realidade se mostra difícil para muitas mulheres – afirmou.
– A essas bravas mulheres precisamos dar condições de criar seus filhos da melhor maneira possível – acrescentou.
*Agência Brasil