Aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a permissão para que as empresas aéreas cobrem para despachar as bagagens vale a partir da terça-feira da semana que vem. Apesar do custo adicional, o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella Lessa, aposta que o consumidor vai economizar: segundo ele, o preço das passagens deve cair.
– A gente acredita, pelas experiências internacionais, pelo compromisso que as empresas têm, que o preço da passagem vai cair. Vai cair bastante – disse em entrevista ao Gaúcha Atualidade, garantindo que essa é uma tendência em vários países e que deve colaborar para o aumento da oferta de voos.
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A Latam informou nesta segunda-feira que ainda neste ano passará a cobrar R$ 50 pela primeira mala de 23 quilos despachada pelos passageiros nos voos domésticos. A empresa aérea disse ainda que espera reduzir em até 20% as tarifas mais baratas disponíveis para voos domésticos até 2020. Entretanto, o ministro promete cobrar a queda dos preços muito antes disso.
– Se passado um tempo, seis meses, um ano, e não se verificar que a medida funcionou como o governo espera que funcione, é óbvio que deverá ser revista. Já avisamos, se isso não acontecer vamos retirar o apoio e vamos lutar no Congresso, junto à Anac, para que a medida seja revista – garante Lessa, sem estimar quanto de redução deve haver no preço das passagens.
Outra mudança determinada pela Anac é que o peso permitido para a bagagem de mão vai passar de 5 quilos para 10 quilos. Questionado pela colunista Rosane de Oliveira se haverá espaço na cabine, o ministro garantiu que sim.
– Vai ter que caber, é uma norma e eles vão ter que se adaptar. Se por acaso tiver alguma aeronave que não se adapte, vai ter que garantir os dez quilos, ou em cima ou embaixo – afirmou.
De acordo com a Anac, cabe às empresas determinar o as dimensões da bagagem que o passageiro poderá levar consigo no avião.