Conhecida pelo Carnaval mais fora de época do Estado, Uruguaiana – que teve os desfiles encerrados na madrugada de domingo, com a vitória da escola de samba Os Rouxinóis – perdeu este título em 2017 para Porto Alegre. Na Capital, pela primeira vez, as escolas de samba só entrarão na passarela quase um mês depois da data oficial da festa de Momo, devido à falta de patrocinadores. Dona de um evento carnavalesco considerado um dos maiores do Brasil, a cidade gaúcha da Fronteira Oeste virou exemplo de como o Carnaval pode sobreviver sem o auxílio do poder público.
Ao contrário de Porto Alegre, onde a falta do dinheiro vindo da prefeitura quase suspendeu as atividades neste ano, as dez escolas de samba do Grupo Especial de Uruguaiana produziram o desfile de 2017 apenas contando com as vendas dos camarotes e dos lugares na avenida, que chegam a quase 50 mil espectadores nos três dias, e com dinheiro vindo de apoiadores particulares.
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– O Carnaval pode ser autosuficiente, mas precisa de uma boa gestão – afirma o presidente da Unidos da Cova da Onça, José Carlos Zaccaro, que investiu R$ 1 milhão na ampliação e cobertura da quadra de ensaios da escola para realizar eventos durante o ano inteiro e arrecadar fundos. O local tem capacidade para 6 mil pessoas.
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