Um juiz argentino decidiu endossar a prática do topless na Argentina. A decisão do magistrado se referiu a um caso ocorrido no último final de semana em um balneário ao sul de Buenos Aires. Três mulheres que faziam topless foram ordenadas a vestirem seus biquínis por 20 policias e seis patrulhas.
A reação dos policiais gerou uma polêmica na Argentina sobre as liberdades individuais, o machismo e sobre o moralismo em relação à nudez e inspirou a convocação de um "Tetazo" na capital na próxima terça-feira.
O juiz Mario Juliano, do tribunal Criminal 1 de Necochea, resolveu arquivar o caso denunciado por um homem por "carecer de relevância contravencional" e pediu "prudência" à polícia.
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Os agentes chegaram a ameaçar as três mulheres com prisão por desacato à ordem na praia a 500 km ao sul de Buenos Aires.
Em texto escrito em primeira pessoa, o juiz ressaltou a importância de que essas polêmicas contribuam para o avanço das liberdades sociais. "A defesa irrestrita das liberdades me leva a me posicionar em favor das mulheres que decidiram expor seus peitos, do mesmo modo que apoio as manifestações (tetazos) que acontecerão nos próximos dias em defesa dos direitos", escreveu.
Juliano explicou ter arquivado o caso, porque a norma que poderia sancionar esse tipo de incidente se refere a atos obscenos que afetem a moral pública.