Após muita polêmica e pressão dos moradores, o projeto de lei do vereador do vereador Fúlvio Pessini (PMDB), que pretendia instituir o tortéi como prato típico e criar o "Dia do Tortéi" de São Marcos, sairá de discussão na Câmara de Vereadores. A decisão foi tomada em uma reunião no início da noite desta quarta. Segundo o parlamentar, a discussão será apenas suspensa:
– Não desistimos da ideia, ela segue viva. Apenas resolvemos que é preciso um debate mais amplo sobre o assunto. Queremos que a população entenda a nossa intenção.
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O projeto de lei, que também fez com que moradores questionassem o papel dos parlamentares, foi protocolado no dia 20 e passou por uma apenas uma discussão na Câmara. Incomodado com a repercussão, Pessini afirma que não imaginou que o projeto seria alvo de tantas críticas. Segundo ele, parte dos moradores que são contrários à ideia não entendeu a proposta, inovadora na opinião do peemedebista:
– O tortéi pode ajudar a colocar São Marcos no cenário do turismo regional. Também é uma forma de reconhecer todos aqueles que se dedicam e se sustentam com a fabricação e venda da massa na cidade. A tortelada é tradição aqui, faz parte da nossa celebração que homenageia, em abril, o padroeiro do município. Não entendi porque o alvoroço. Várias cidades já fizeram a mesma coisa: Flores da Cunha com o menarosto, Caxias do Sul com o galeto al primo canto. Também já discutimos um projeto para dar nome a um campeonato de bocha que vai acontecer em 2018, então qual o problema com o meu?
O projeto da bocha citado por Pessini é de autoria da vereadora Maria Luci Girardello Casarotto (PP) e foi aprovado no início da semana. Os parlamentares aprovaram a denominação de Antônio José Girardelo ao Campeonato Municipal de Bocha Masculino de 2018. Este projeto, assim como o envolvendo o tortéi, também levantou o questionamentos. Para muitos moradores de São Marcos, conforme postagens nas redes, os representantes na Câmara deveriam se preocupar em melhorar áreas como saúde e educação. São Marcos elegeu nove vereadores.
– Concordo com a justificativa do projeto do Pessini, mas acho que ele foi apresentado em um momento errado. Temos urgências na saúde, parte da população sofre com os alagamentos envolvendo o Arroio Gravatá, então teríamos outras demandas mais urgentes. Mas agora vamos colocar a comunidade no debate e, no futuro, voltar a discutir – destaca a presidente da Câmara de Vereadores, Patricia Camassola (PMDB).