Na edição de 2016 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o governo federal mudou as regras de acesso individual dos candidatos aos sistemas online. A chamada "verificação em duas etapas" para que os candidatos façam login ou recuperem a senha deixou de ser exigida. Depois da mudança, alguns candidatos denunciaram acesso de terceiros em seus perfis no Sisu e alterações indesejadas nas opções de cursos nos quais concorriam, segundo informações do G1.
Em nota, o Ministério da Educação (MEC) afirmou, no fim da tarde desta terça-feira, que não registrou "indício de acesso indevido a informações de estudantes cadastrados, que configure incidente de segurança". O governo diz que vai acionar a Polícia Federal para apurar os casos relatados pelos alunos.
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A Secretaria de Educação Superior (Sesu) destacou que a atual gestão "assumiu a pasta em maio de 2016, com o processo do Enem 2016 em curso, na última semana de inscrições. Por isso, todo o sistema de operacionalização do Enem 2016, definido na gestão anterior, estava em funcionamento e não pôde ser alterado no meio do processo."
Ainda em nota, O MEC citou relatos na imprensa de casos pontuais de acesso indevido a dados pessoais de candidatos, que teriam possibilitado mudança de senha e de dados de inscrição, como a opção de curso. Ao que reage afirmando que a senha é sigilosa e só pode ser alterada pelo candidato ou por alguém que tenha acesso indevidamente a esses dados. Conforme o Ministério, casos individuais que forem identificados e informados serão encaminhados para investigação da Polícia Federal.