Moradores da Região Metropolitana de Porto Alegre tiveram melhoras nas condições de vida entre 2011 e 2014. O avanço, entretanto, não foi suficiente para melhorar sua posição no ranking de nove áreas metropolitanas do país calculado pelo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), divulgado nesta terça-feira.
O IDHM é um índice que afere a qualidade de vida em municípios, bairros e outras áreas, combinando indicadores de longevidade, educação e renda. Ele é expresso por um número que varia de zero a um. Quanto mais próximo de um, melhor. Em 2010, as 34 cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre ocupavam a nona posição entre as 16 zonas analisadas, atrás de São Paulo, Distrito Federal, Curitiba, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, Goiânia e Cuiabá, com um IDHM de 0,762.
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O indicador subiu gradativamente depois de 2011, e chegou a 0,789 em 2014, mostrando que as condições para se viver melhoraram. Mas outras regiões também cresceram nesse período, o que fez com que a Capital não demonstrasse avanço.
Embora o número de áreas estudadas tenha diminuído de 16 para nove, cidades que tinham índices melhores em relação a Porto Alegre em 2010 e voltaram a ser analisadas continuaram à frente. Distrito Federal, São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Rio de Janeiro ainda superam a capital gaúcha. Vitória, Goiânia e Cuiabá, que também foram melhores em 2010, não foram incluídas na análise mais recente.
A educação é o fator que mais prejudica o desempenho da Capital e seu entorno: nesse quesito, as cidades gaúchas ocupam o penúltimo lugar na lista, com 0,699, à frente apenas de Belém. Para ser calculado, leva em consideração o nível de escolaridade da população adulta e a proporção de estudantes na série adequada para a idade.
Os resultados fazem parte do Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, uma parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro (FJP). O levantamento que toma por base as informações do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).