O IBGE divulgou nesta quinta-feira o estudo Estatísticas do Registro Civil 2015, revelando peculiaridades como a liderança do Rio Grande do Sul no tempo de duração de casamentos, ao lado do Piauí. Nas uniões gaúchas que chegam ao fim, o período médio transcorrido entre a data do casamento e a do divórcio é de 18 anos, três a mais do que a média brasileira.
O documento do IBGE que reúne dados sobre nascimentos, óbitos, taxa de mortalidade infantil, casamentos e divórcios, com informações prestadas pelos cartórios de registro civil de todo o país, também revelou que as uniões legais entre cônjuges de sexo diferentes aumentaram 2,7% no Brasil, enquanto que os de cônjuge do mesmo sexo 15,7%, representando 0,5% do total de casamentos registrados.
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Mas esses números não se refletem no Rio Grande do Sul, onde o índice de casamentos teve leve queda, de 41.463 em 2014 a 41.416 em 2015 – enquanto o Estado do Acre teve um expressivo aumento de 40% no número de casamentos. Entre casais do mesmo sexo, houve 212 uniões em 2014 e 211 em 2015 no Rio Grande do Sul.
Cidade gaúcha tem três divórcios para quatro casamentos
No Rio Grande do Sul, para 41.416 casamentos realizados, ocorreram 9.009 divórcios em 2015. Mas há municípios que apresentam uma diferença muito mais sutil entre uniões e divórcios. Não-Me-Toque teve 44 casamentos e 33 divórcios, e Casca, 24 casamentos e 17 divórcios. Mas também há municípios como Carlos Barbosa, na Serra, que teve 129 casamentos e apenas seis divórcios.
Brasileiras estão engravidando mais tarde
Em uma análise dos nascimentos em 2005, 2010 e 2015, percebe-se uma progressiva mudança na idade com a qual as mulheres têm filhos. Em 2005, o padrão da curva dos nascimentos era eminentemente jovem, com mais de 30% dos nascimentos em casos de mães entre 20 e 24 anos. Em 2010, nota-se uma diminuição relativa dos nascimentos desse grupo e aumento dos nascimentos de mães que tenham entre 25 a 29 anos. Os dados de 2015 também evidenciam o aumento da representatividade dos nascidos registrados de mães do grupo etário 30-39 anos em relação aos demais anos analisados, com relativa redução dos registros de filhos de mães em idades mais jovens.
Aumenta número de mortes violentas para homens jovens
Se considerarmos somente os óbitos por causas violentas (como homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos e quedas acidentais) no grupo de 20 a 24 anos, um homem de 20 anos tem 10,4 vezes mais chances de não completar os 25 anos do que uma mulher no Brasil. No Rio Grande do Sul, a variação percentual do volume dos óbitos violentos no grupo de homens que tenham entre 15 e 24 anos cresceu 4,2% de 2005 a 2015 – enquanto para mulheres, decresceu 15,4%. Esse crescimento é muito mais evidente em Estados do Norte e do Nordeste, chegando a 179% em Sergipe (para homens).