A greve dos bancários completou 24 dias nesta quinta-feira sem previsão de fim. Nessa quarta, mais uma rodada de negociação terminou sem acordo. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu aumento de 7% no salário e demais benefícios, mais um abono de R$ 3,5 mil – R$ 200 a mais do que a proposta anterior. As informações são da Rádio Gaúcha.
Em entrevista ao Gaúcha Repórter, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Roberto Von der Osten, explicou que nenhuma das reivindicações da categoria foram atendidas, o que impede o fim da paralisação.
– É um absurdo um setor que ganha como os bancos corrigir o salário dos funcionários abaixo da inflação. Nessas condições, não tem acordo – destaca.
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Na segunda-feira, os sindicatos voltam a se reunir para definir os rumos do movimento. Não há, porém, previsão de nova rodada de negociação com a Fenaban. Segundo balanço do Sindibancários, mais de mil agências estão fechadas em decorrência da greve. Em todo o país, são mais de 13,2 mil agências.
Em nota, a Fenaban afirma que, além do reajuste salarial, propôs que a Convenção tenha duração de dois anos, com a garantia, para 2017, de reajuste pela inflação acumulada e mais 0,5% de aumento real.
"A proposta para 2016 garante aumento real para os rendimentos da grande maioria dos bancários e é apresentada como uma fórmula de transição, de um período de inflação alta para patamares bem mais baixos", ressalta o texto.
O Procon alerta que a paralisação não isenta o cliente do pagamento de contas e que é necessário buscar alternativas, sob pena de multa. Entre as alternativas aos consumidores para o pagamento de boletos, saques e depósitos, estão os terminais de autoatendimento e as agências lotéricas. Também é opção o internet banking, que pode ser usado para consultas de saldo, extrato, além de transferências e pagamentos de contas.