Depois do segundo bloqueio do WhatsApp no Brasil em menos de seis meses, representantes do aplicativo devem se reunir nesta semana com autoridades policiais e judiciais brasileiras. Fora do ar desde segunda-feira por decisão judicial, o WhatsApp quer explicar como o serviço funciona e porque o app não libera informações sobre conversas para investigações.
– O objetivo é abrir um diálogo aberto e construtivo, de longo termo, para evitar que (novos bloqueios) aconteçam no futuro – disse o diretor de comunicações da companhia, Matt Steinfield, ao jornal Folha de S.Paulo.
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O WhatsApp está bloqueado em todo o país, desde as 14h desta segunda-feira, por determinação do juiz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto (SE). A medida vale inicialmente por 72 horas, mas se houver uma liminar derrubando a decisão o serviço pode ser retomado antes desse prazo.
Depois do bloqueio, por meio de nota, o WhatsApp disse que coopera com as autoridades brasileiras "com toda a extensão da nossa capacidade" e que a determinação pune mais de 100 milhões de brasileiros que dependem do serviço para se comunicar. A nota disse ainda que a Justiça tem forçado a empresa a entregar informações que ela não tem.
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Em sua conta no Facebook, o diretor executivo do serviço, Jan Koum, criticou a suspensão do aplicativo e explicou que o aplicativo faz a criptografia das mensagens para manter as informações dos usuários seguras. Ele já havia criticado anteriormente a Justiça brasileira quando houve outro bloqueio do Whatsapp, em dezembro do ano passado.