Dados referentes ao uso de tecnologias, pinçados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2014, mostra uma população cada vez mais conectada à internet. Conforme o Suplemento de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) da Pnad, 54,4% dos brasileiros (95,4 milhões de indivíduos) utilizavam a rede mundial naquele ano, um aumento de cinco pontos percentuais em relação à pesquisa do ano anterior (49,4%).
Em 2014, mais da metade dos domicílios passaram a ter acesso à internet, saindo de 48% em 2013 para 54,9% no ano seguinte – o equivalente a 36,8 milhões de lares. A proporção é ainda maior no Rio Grande do Sul: 59% dos domicílios têm acesso à web. A penetração da internet é maior nas áreas urbanas: 60,8% das residências nas cidades possuem acesso, enquanto na área rural, são 18,5%. Quanto ao perfil de público, os estudantes são os mais conectados, já que 73,3% dos que frequentavam a rede pública e 97,2% da rede privada navegavam na web.
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Os dados mostram uma fragmentação crescente dos meios usados para acessar a internet, que cada vez menos se restringem aos microcomputadores, ganhando destaque telefones celulares, tablets e TVs. Em 2014, 17,4% dos domicílios tinham como único equipamento para acesso à internet o microcomputador, o que representa uma redução de 25 pontos percentuais em relação ao ano anterior (52,4%). Dos que navegam na web, caiu de 88,4% para 76,6% os que o fazem por PCs.
Cresce acesso a tablets e celulares
A posse do celular está cada vez mais ampla, mostra a Pnad. A quantidade de usuários de telefones celulares chegou a 136,6 milhões em 2014, o que corresponde a 77,9% da população do país acima dos 10 anos de idade. Em relação a 2005, o contingente aumentou 142,8% – incremento de 80,3 milhões de pessoas.
A presença de tablets também cresceu: chegou a 11,1 milhões o número de domicílios em que os moradores tinham este dispositivo (16,5% do total de residências, aumento de 5,7 pontos percentuais em relação a 2013). Dentre aqueles com tablet, mais da metade (6,1 milhões) situava-se na Região Sudeste. A menor proporção foi estimada para a Região Norte (8,6%). No Rio Grande do Sul, 15,9% dos domicílios tinham tablet – o percentual é mais alto na Região Metropolitana de Porto Alegre (20,9%).