Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha sido cautelosa em estabelecer a relação entre o zika vírus e o surto de microcefalia, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse nesta segunda-feira, que, para o governo, já há evidências suficientes dessa ligação.
- Epidemiologicamente, e fazendo a conexão biologicamente, não há a menor dúvida de que é a zika que está causando a epidemia de microcefalia no Brasil - afirmou Castro no programa Roda Viva, da TV Cultura, após citar exames feitos em fetos e bebês do Nordeste que detectaram a presença do vírus.
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Para os demais participantes do programa, embora as evidências sejam fortes, são necessárias mais pesquisas para a comprovação científica.
- Uma associação observada não significa necessariamente causa e efeito. Precisamos de provas formais. Precisamos ver como o zika vírus migra para as células onde se forma o cérebro. Os cientistas precisam estudar a história natural da doença - disse Jorge Kalil, diretor do Instituto Butantã, que atualmente desenvolve uma vacina contra a dengue.
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Conforme o boletim mais recente, são investigados 3.448 relatos suspeitos de microcefalia e o país já confirmou 270 casos da má-formação. A posição brasileira foi levada na segunda-feira à Organização Mundial de Saúde por Pedro Vasconcelos, pesquisador do Instituto Evandro Chagas.
- Ele identificou uma proteína no líquido de uma criança com microcefalia, que mostra essa relação. Todo esse conjunto, mais o relato das pessoas que tiveram zika e depois a criança (nos levam à relação) - afirmou Castro.
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