Poucas mudanças trazem tanta dor de cabeça quanto uma reforma em casa - os custos são sempre maiores do que o esperado, assim como o transtorno causado e o tempo durante o qual pedreiros permanecerão derrubando paredes e despedaçando o piso da sala. Mas, ainda que sejam inevitáveis, as obras podem ser menos tumultuadas quando bem planejadas.
- Para a obra não trazer tanto problema, é importante fazer uma pesquisa na internet para conhecer a reputação da empresa que se está contratando, encomendar mais de um orçamento e reservar uma quantia pelo menos 30% maior do que a inicial, para imprevistos - sugere Valdenir Caitano de Araújo, dono da Galego Reformas e Pinturas.
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É usual: quando as primeiras lajotas começam a ruir, quase sempre se descobre que será preciso reforçar alguma viga, renovar a fiação ou comprar mais telha para substituir as quebradas. Ou seja, será necessário empenhar mais tempo e dinheiro na construção.
- Os imprevistos são mais comuns em imóveis mais antigos, que não tenham plantas originais ou que tenham sido modificados ao longo do tempo - explica a designer de interiores Leticia Laurino Almeida.
Custos variam de acordo com o período do ano
Eduardo previu duas semanas de trabalho, mas intervenções se estenderam por três meses
Por outro lado, um planejamento detalhado, com auxílio de engenheiros ou arquitetos, por exemplo, reduz o risco de gastos extras e atrasos, ao trazer um cronograma mais realista para a execução do projeto, observa Leticia.
Uma obra mais em conta também passa pela escolha do período certo para executá-la. Os preços sobem mais e há maior dificuldade em fazer rapidamente o projeto a partir de novembro até a metade do verão. É quando muita gente aproveita o 13º salário ou as economias de um ano inteiro para tirar a reforma do papel.
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Organizar o tempo e o orçamento suavizou os consertos na casa do aposentado Eduardo Miranda Bertoja, 56 anos, no bairro Azenha, em Porto Alegre. Nos últimos meses, a pintura da sala foi refeita, terminando com imperfeições deixadas pelo tempo, e as telhas e a lona sobre a área de serviço foram substituídas, dando fim às incômodas goteiras. A cozinha e a sala, que um ano antes haviam sido unidas em uma peça única, ganharam em 2015 um refinado teto de gesso. A obra mais trabalhosa foi na área externa: uma laje sobre a garagem virou área de receber visitas, com um pergolado em madeira e uma vistosa folhagem.
Para evitar dívidas ou interrupção em razão de orçamento curto, Bertoja esperou chegar a aposentadoria para contar com o dinheiro do fundo de garantia e outras economias. Com mais tempo para acompanhar de perto a reforma, resolvendo rapidamente os imprevistos.
- Gosto de quebrar paredes e arrumar a casa. Então, estou usando da melhor forma o tempo livre - diverte-se Eduardo.
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Como toda reforma, houve dores de cabeça. Iniciada em agosto, era para durar duas semanas, mas em razão da frequência das chuvas no inverno passado, levou três meses. Sem o contrapiso, houve infiltração no andar debaixo - onde fica a garagem na qual a prima guarda o carro. A goteira insistente com sobras de cascalho arranhou a pintura, e o carro teve de ir a conserto. Mas nada que tenha tirado o sono de Eduardo ou da família.
- Obra é assim mesmo. O resultado é muito bom, mas tem de estar pronto para os contratempos - ensina.