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Há 40 anos na Feevale e 43 vezes funcionário homenageado, o técnico de anatomia Lauro Backes, 75 anos, quer continuar no local após a morte. Ele doará seu corpo ao laboratório de anatomia onde trabalha. Ainda raro no país, o ato tem se tornado cada vez mais importante, devido à dificuldade das universidades em encontrar cadáveres para estudo.
- Quero doar meu corpo para ajudar os alunos. Sou conhecido de todos os estudantes da área de saúde, eles me chamam de tio Lauro. Tenho muitas sobrinhas e muitos sobrinhos, mas eu prefiro as sobrinhas - conta em meio aos risos.
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O funcionário bem-humorado ainda relata que muitos estudantes afirmaram se negar a estudá-lo após a morte, mas nada o fez desistir da ideia de doar o corpo.
- Eles dizem que não vão mexer em mim porque sou conhecido. Mas se eles não mexerem e eu for enterrado, aí os vermes vão me comer. É melhor ficar aqui para servir à ciência - explica.
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Backes conta que ainda não assinou o termo de doação do corpo à universidade, mas deixou a esposa e as três filhas avisadas do desejo.
- No início elas estranharam um pouco, mas depois se acostumaram com a ideia - completa o técnico de anatomia.
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No infográfico, veja como fazer a doação de seu corpo: