Bruna Linzmeyer não sonhava em fazer televisão ou teatro. Muito menos imaginava que aos 21 anos já teria uma carreira consolidada de atriz. Nascida em Corupá, desde os 10 anos desejava ganhar o mundo, viajar, estudar, trabalhar e desfrutar a vida com todas as suas possibilidades. Delicada e talentosa, já fez três novelas e duas séries na Rede Globo. Em Amor à Vida, interpretou a autista Linda; a partir de março, protagoniza a próxima novela das seis, Meu Pedacinho do Chão, de Benedito Ruy Barbosa.
No ano passado, fez sua primeira participação no cinema no filme Rio Eu Te Amo, de Carlos Saldanha, no qual contracena com Rodrigo Santoro, e é protagonista do longa Celulares, de Jeferson De, que começou a ser rodado este mês em Florianópolis, com elenco que inclui Maria Fernanda Cândido e o ator, diretor, poeta, autor teatral e apresentador Michel Melamed, 37 anos, marido de Bruna.
Bruna em cena na novela Amor à Vida, da Rede Globo
A realização de Celulares, uma história de suspense que será inteiramente filmada na capital vizinha, tem o Parque do Rio Vermelho como locação principal. O roteiro foi escrito em parceria de Cris Arenas e o diretor. Bruna interpreta Diana, que, segundo ela, "é antes de tudo, uma jovem".
- Uma jovem em todos os sentidos, que tem uma superconexão com algo que, às vezes, a gente chama de intuição, bruxaria, feitiçaria. O filme conta a história desse momento da vida dela em que as coisas estão acontecendo, ela sente, vê, mas não controla. É uma jovem bruxa em sua jornada de autoconhecimento - reflete.
Donna - No início da carreira, você pensou em ser modelo. Por quê?
Bruna - Queria viajar, fazer alguma coisa diferente. Desde cedo, preparava os meus pais dizendo que queria ir para outro lugar. Existiam milhões de possibilidades. Uma delas seria passar no vestibular e mudar para Floripa. Também poderia fazer um intercâmbio fora do país ou ir para São Paulo ganhar a vida profissionalmente, fazendo comerciais - o que nunca aconteceu. Na verdade, comecei a estudar teatro em São Paulo sem saber exatamente se eu queria ser atriz.
Donna - A televisão aconteceu neste percurso?
Bruna - Sim, por meio do curso de teatro. As pessoas procuram novos atores nos cursos, eu fiz um teste e passei. Nunca existiu a ideia "Ah, eu vou para São Paulo fazer televisão".
Donna - Qual é o saldo da sua atuação como autista?
Bruna - Maravilhoso. Um trabalho muito profundo, que me mudou como ser humano, mudou meu tempo de ver as coisas, meu olhar, um trabalho que se mistura com a vida. Esse é meu desejo sempre.
Donna - A parceria com Michel Melamed vai além do casamento. Vocês gostam de trabalhar juntos?
Bruna - A gente se conheceu nesse meio, meu primeiro trabalho foi com ele, a gente se interessa muito pelo ofício um do outro. Não é muito comum os casais conseguirem trabalhar juntos e, ao mesmo tempo, é maravilhoso, porque a profissão é a nossa própria vida. Temos uma admiração mútua. Tive a oportunidade de fazer teatro e séries com ele e foi maravilhoso.
Uma graça de bruxinha
Depois de viver a autista Linda, Bruna Linzmeyer encarna jovem intuitiva no cinema
Rodado em Florianópolis, suspense Celulares ainda tem no elenco Maria Fernanda Cândido e o marido de Bruna, Michel Melamed
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