O nascimento da filha de Beyoncé e Jay-Z, Blue Ivy Carter, levou seu pai a lançar uma música em sua homenagem, chamada despretensiosamente de Glory. Uma celebração do medo e da alegria da nova vida.
A revelação da paternidade inspirou diversos trabalhos ao longo dos anos no mundo musical. Referências à experiência com os filhos (que tendem a aparecer com maior frequência na voz de pais) são mais comuns no momento em que as crianças estão crescendo. A companheira de viagem de nove anos de Paul Simon em Graceland, o querido Sean sonhando com monstros na faixa Beautiful Boy, de John Lennon, ou, em Forever Young, de Bob Dylan, na qual ele deseja: "Que você cresça para ser justo/Que você cresça para ser verdadeiro".
No entanto, existe algo sobre essas músicas compostas no brilho do nascimento de uma criança que as tornam indiscutivelmente mais excitantes - melosas, sim, talvez até um pouco tolas, mas também maravilhosas, já que compositores procurar capturar seu sentimento de encanto.
A seguir, alguns dos destaques.
Jay-Z - Glory
A homenagem de Jay-Z à bebê Blue, nascida em 7 de janeiro em Nova York, detalha um antigo aborto espontâneo, descreve sua nova filha como "a coisa mais linda do mundo" e mostra seus choros infantis. A letra parece ter sido escrita às pressas, mas, bem, isso certamente faz parte do charme. Na sua essência, a faixa é muito mais o som de um pai de primeira viagem em absoluto delírio com a felicidade, do que uma afirmação dos poderes de Jay-Z como o rei do hip hop.
Classificação de sentimentalismo: 10
David Bowie - Kooks
David Bowie supostamente estava em casa ouvindo um disco de Neil Young quando recebeu a notícia do nascimento do seu filho, Duncan (ou Zowie), e começou a escrever um tributo ao recém-nascido. Surgiria mais tarde, em 1971, no álbum Hunky Dory, como um apelo levemente estranho para que o filho fique com seus pais "excêntricos", dando conselhos sobre como lidar com agressores e pessoas que o importunam, assim como a promessa de trompetes, de berços e de atirar o dever de casa no fogo.
Classificação de sentimentalismo: 6
Radiohead - Sail to the Moon
Foi o aniversário de Noah, filho de Thom Yorke, que inspirou essa faixa do álbum Hail to the Thief, na qual Yorke falou sobre como a paternidade afetou suas composições - incentivando-o a dar voz ao seu mal-estar com a injustiça social e com a responsabilidade frente às futuras gerações. Ela é uma adorável canção de ninar que reflete se seu filho pode crescer para se tornar presidente, "mas saiba a diferença entre o certo e o errado". Como uma alternativa, em uma referência ao nome da criança, ele se questiona se poderia construir uma arca e então "navegaremos até a lua".
Classificação de sentimentalismo: 6
Ben Folds - Gracie
Os gêmeos de Ben Folds nasceram no verão de 1999. O seu filho Louis inspirou a faixa Still Fighting It, na qual ele detalha a ingênua dor de crescer e pede desculpa pelo fato de "Você ser tão parecido comigo/Me desculpe". Entretanto, a filha Gracie motivou um tributo mais suave sobre a relação especial entre pais e recém-nascido: "E sempre haverá uma parte de mim/Ninguém nunca vai ver, exceto eu e você/Minha menininha/Minha menina Gracie".
Classificação de sentimentalismo: 8
Stevie Wonder - Isn't She Lovely
Sentimental e um pouco melosa, mas ainda assim irresistivelmente charmosa, esta música é bem parecida com a homenagem recente de Jay-Z à paternidade. Wonder escreveu esta faixa em 1975 para marcar o aniversário da filha Aisha com a então parceira Yolanda Simmons. A canção abre com o choro do bebê e encerra com o som dela brincando. No meio tempo, faz uma homenagem ao que ele amplamente denomina de "encanto precioso". "Menos de um minuto de idade", ele diz, "Nunca imaginei que através do amor/Estaríamos fazendo alguém tão adorável quanto ela".
Classificação de sentimentalismo: 10
Lauryn Hill - To Zion
Em 1997, Lauryn Hill lançou seu primeiro álbum solo, The Miseducation of Lauryn Hill. Uma das faixas de destaque foi a homenagem a Zion. Ele foi seu primeiro filho, e muitas pessoas a encorajaram a não ir adiante com a gravidez para que não afetasse seu sucesso florescente. "Todos me disseram para ser esperta/Olhe sua carreira, eles disseram /Lauryn, querida, use sua cabeça/Mas, em vez disso, escolhi usar meu coração". A cantora descreve uma comovente imagem de força, desafio e amor intenso de uma nova mãe. "Agora a felicidade do meu mundo está em Zion."
Classificação de sentimentalismo: 9