O Ministério da Saúde assinou um convênio para a instalação de uma fábrica de hemoderivados no Instituto Butantan, em São Paulo. O empreendimento receberá investimentos de R$ 195 milhões por meio de empréstimos da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo em bancos públicos, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O acordo vai permitir a ampliação da coleta e a melhoria da qualidade de armazenagem do plasma humano no Butantan. Além disso, está prevista parceria com a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras) nas áreas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.
A unidade de hemoderivados vai entrar em funcionamento em 2014 e, em três anos, deverá atingir a capacidade de processar 150 mil litros de plasma por ano. Em conjunto com a fábrica da Hemobras, que está sendo construída em Pernambuco e processará 500 mil litros de plasma por ano, a produção nacional vai suprir todas as necessidades brasileiras de derivados de sangue.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o país gasta R$ 1,5 bilhão por ano na compra desses produtos, essenciais para feridos graves e pessoas com problemas de coagulação do sangue, como os hemofílicos.
- São muito importantes para qualquer pessoa que pode precisar de um derivado de sangue durante um acidente ou uma cirurgia - destacou Padilha.
O presidente do Butantan, Jorge Kalil, avaliou que a parceria vai permitir, simultaneamente, a redução dos gastos com a compra desses produtos e o desenvolvimento científico no país.
- Vamos poder disponibilizar aos pacientes do Sistema Único de Saúde [SUS] hemoderivados produzidos localmente, o que representa não só uma economia para o país, mas o desenvolvimento de uma tecnologia nacional.
Produção nacional
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