Uma das protagonistas da aclamada série Orange Is The New Black, a australiana Yael Stone, 33 anos, afirmou ao The New York Times que o ator Geoffrey Rush, 67, a assediou sexualmente. Os detalhes foram revelados em artigo escrito pela editora de Opinião do jornal, publicado neste domingo (16).
Yael garantiu que, quando tinha 25 anos e trabalhou junto com Rush na peça teatral O Diário de Um Louco (The Diary of a Madman), em cartaz nos Estados Unidos entre 2010 e 2011, o ator, então com 59 anos, teve um comportamento que ela considerou inadequado. Ele dançava nu na frente dela no camarim, chegou a colocar um espelho para vê-la tomando banho e enviou-lhe mensagens de texto com conteúdo erótico.
— Lembro que olhei para cima e vi que havia um pequeno espelho de barbear em cima da divisória entre os chuveiros e ele estava usando para olhar o meu corpo nu. Acredito que tenha sido uma intenção lúdica, mas senti que não havia lugar para me sentir segura — contou a atriz.
Os episódios foram relatados à editora Bari Weiss. Segundo ela, Yael considerava Geoffrey Rush um herói antes de ser assediada por ele. Agora, a atriz está com medo.
Um dos nomes mais respeitados de Hollywood, Geoffrey Rush fez filmes como O Discurso do Rei (2010), A Menina Que Roubava Livros (2013) e Contos Proibidos do Marquês de Sade (2001). Ganhou o Oscar de melhor ator pelo papel em Shine - Brilhante (1997). Ao New York Times, Rush garantiu que as acusações de Yael são "incorretas" e "tiradas de contexto". "Lamento sinceramente e profundamente se provoquei alguma aflição. Isto, certamente, não foi minha intenção", acrescentou Rush.
O comportamento de Rush já havia sido acusado em 2017, quando uma atriz relatou episódios de assédio por parte do ator ao jornal The Daily Telegraph. Rush acabou processando a publicação, e as matérias sobre o episódio tiveram de ser removidas do site.
Leia abaixo o posicionamento do ator:
"Desde o início, devo deixar claro que as alegações de comportamento inadequado feito por Yael Stone são incorretas e em alguns casos foram tomadas completamente fora de contexto. No entanto, claramente Yael sentiu-se chateada pelo entusiasmo que eu geralmente trago para o meu trabalho. Sinceramente e profundamente lamento se eu lhe causei aflição. Isso, certamente, nunca foi minha intenção. Quando nos apresentamos em O Diário de Um Louco, oito anos atrás, acredito que estávamos engajados como camaradas em uma jornada artística. Ao longo dos anos, temos compartilhado de respeito mútuo e admiração. Como eu disse, abomino qualquer comportamento que pode ser considerado como assédio ou intimidação para qualquer pessoa — seja no local de trabalho ou em qualquer outro ambiente."