Referência para o funk, o músico carioca Mr. Catra morreu no fim de tarde deste domingo (9), aos 49 anos. Catra estava internado no Hospital do Coração, em São Paulo, lutando contra um câncer no estômago, que foi diagnosticado no início de 2017. Wagner Domingues da Costa deixou três esposas e 32 filhos. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do funkeiro.
"É com enorme pesar que comunicamos o falecimento do amigo e cliente, Wagner Domingues Costa o Mr Catra, que nos deixou na tarde deste domingo, 09, em decorrência de um câncer gástrico. O cantor e compositor estava internado no hospital do Coração (HCor), em São Paulo, e já vinha lutando contra a doença. A informação foi dada a família pelo cirurgião oncológico, Dr. Ricardo Motta, por volta das 15h20 da tarde. Catra deixou três esposas e 32 filhos. Neste momento de sofrimento, agradecemos o carinho, cuidado e compreensão dos amigos da imprensa, e pedimos, gentilmente, para que respeitem o momento de tristeza da família", diz o comunicado enviado pela assessoria de imprensa do funkeiro.
Em abril deste ano, o funkeiro publicou uma foto em seu Instagram se manifestando sobre a doença. Na ocasião, ele afirmou que o tratamento estava indo muito bem e que sua saúde estava melhorando:
"Só para deixar claro, meu tratamento está indo de vento em popa e se tudo continuar indo assim, em breve estarei curado. Tudo graças a Deus, aos médicos e às orações que estou recebendo. Espero poder viver o suficiente para fazer o que mais amo nesse mundo, que é cantar e deixar todos os meus filhos muito bem encaminhados", escreveu.
Catra se tornou ícone do funk em meados dos anos 2000, quando lançou Adultério, paródia do hit dos anos 1980 Tédio, da banda Biquini Cavadão.
O Brasil órfão do papai
Pai de 32 filhos com idades entre 26 e dois anos - frutos de 14 relacionamentos diferentes -, Mr. Catra mantinha um casamento com três mulheres e também era avô de quatro netos. Em várias entrevistas, costumava brincar que saía para trabalhar todos os dias por necessidade financeira e também por questões de "saúde psicológica". Mas tudo não passava de cena, pois o artista também mantinha um discurso de igualdade nas redes.
Em entrevista a GauchaZH, quando perguntado como a música era, cada vez mais, plataforma para empoderamento de minorias, respondeu:
— Acho que sou um dos caras mais feministas que conheço. Acho que, se a pessoa está feliz, ela tem direito de ser o que é! Se cada um buscasse ser feliz, não atrapalharia a felicidade de ninguém.