O ator americano Bill Cosby foi condenado nesta terça-feira a uma pena de três a dez anos de prisão por um juiz da Pensilvânia, por agredir sexualmente uma mulher em sua mansão na Filadélfia, há 14 anos. O caso é o primeiro grande julgamento de uma celebridade por crime sexual na era da campanha feminista #MeToo.
O anúncio foi feito pelo Juiz Steven O'Neill nesta terça-feira (25), no Tribunal do Condado de Montgomery, no estado americano da Pensilvânia.
Cosby foi considerado culpado no dia 26 de abril por três crimes de agressão sexual contra Andrea Constand. Os crimes pelos quais o ator foi declarado culpado são penetração sem consentimento, penetração enquanto a vítima está inconsciente e penetração após o fornecimento de entorpecente. Procuradores e advogados de defesa concordaram em transformar as três acusações em apenas uma para simplificação da sentença.
Segundo a vítima, ela visitou o comediante, que era patrocinador de uma universidade, para pedir dicas sobre sua carreira. A defesa de Cosby não negou que houve relações sexuais entre eles, mas afirmou que foi consensual e que Andrea teria mentido a fim de pegar dinheiro do comediante. O argumento não convenceu o júri que declarou Cosby culpado e o condenou a 10 anos de prisão.
O comediante de 81 anos não mostrou nenhuma reação ao ouvir o juiz, que havia ordenado um pouco antes que ele fosse incluído no registro de predadores sexuais violentos do estado.
Em junho do ano passado, Bill Cosby foi submetido a outro julgamento, que foi anulado depois que o júri não alcançou um veredito por unanimidade sobre nenhuma das acusações contra o ator americano, após mais de 50 horas de deliberações.