Morta na noite de quarta-feira (7), Eva Sopher foi velada no local que protegeu por mais de quatro décadas: o palco do Theatro São Pedro. O velório se iniciou às 11h desta quinta-feira (8) e seguiu até as 18h.
Além das filhas Ruth Pereyron e Renata Rubim e outros familiares, também estiveram presentes autoridades como o governador José Ivo Sartori, o secretário estadual da Cultura Victor Hugo e o secretário municipal da Cultura Luciano Alabarse. Personalidades do cenário artístico como o músico Bagre Fagundes, o maestro Antônio Borges-Cunha, os diretores de teatro Zé Adão Barbosa e Dilmar Messias passaram na cerimônia de adeus no início da tarde.
Amigos observaram a coincidência de Eva ser velada no mesmo dia e no mesmo local que o músico Nico Nicolaiewsky, também morto no dia 7 de fevereiro, mas no ano de 2014. Foi Eva quem organizou o velório do amigo, no palco do Theatro São Pedro.
A bandeira de Israel foi estendida no caixão de Eva — sua família, original de Frankfurt-am-Main, na Alemanha, era de origem judia e fugiu para o Brasil em 1936 por causa da perseguição nazista. Parte de suas cinzas serão lançadas em uma paineira, árvore que fica no pátio do Theatro São Pedro (foto abaixo). A outra parte será levada a um cemitério em Santa Maria, onde está enterrado o marido de Eva, o imigrante alemão Wolfgang Klaus Sopher, morto em 1987.
Documentário sobre Dona Eva
A despedida também é o ponto de partida para um documentário sobre Eva Sopher dirigido por seu neto, Gabriel Rubim. De acordo com ele, o longa-metragem vai contar a influência da avó na vida de outras pessoas — tanto do meio cultural quanto fora dele. As primeiras cenas foram gravadas justamente no velório, onde Gabriel coletou depoimentos de amigos e pessoas que trabalharam com Dona Eva.