A arquiteta Aclaene de Mello é uma boa contadora de histórias. E as melhores narrativas surgem quando consegue aplicar em um projeto a sua principal característica profissional: reformas que mesclam as necessidades atuais de uso do ambiente com o que o espaço ainda tem de melhor. Neste living, o conceito criado respeitou também a ideia de "dar tempo ao tempo":
– É a melhor forma de fazer uma reforma. Primeiro executamos o projeto de obra civil. Apenas depois, e aos poucos, foram comprados móveis e acessórios. Parar entre as etapas e avaliar faz a pessoa ser mais segura e, quase sempre, gastar menos, sem impulsos.
O piso original de tacos de parquê foi mantido, e estar e jantar estão integrados. Para os móveis, surge a primeira dica para quem quer, em poucas soluções, uma boa transformação.
– Escolha as superfícies maiores. O sofá é uma das peças de grande impacto no visual. Trocar o tecido faz toda a diferença na sala – ensina.
A paleta de cores, que prima pelo marrom e tons amadeirados, ganha versatilidade com o tapete, que abriu o leque de opções para ideias como as poltronas verde novas e o revestimento dos pufes.
Algumas esquadrias, desgastadas com o passar do tempo, agora são emolduradas por nichos de gesso. Reciclagem que também passou pelo mobiliário, como o rack da TV, que agora exibe pés estilo palito, que conferem mais leveza.
Melhor com o tempo
O sofá e os pufes ganharam novos tecidos e as prateleiras foram feitas a partir da reforma no rack – que ganhou pés palito. Na foto de capa, a viga revela onde uma parede foi retirada para a integração. Nichos de gesso foram estratégicos no restauro das esquadrias.