A evolução da pandemia do coronavírus,que praticamente parou a economia brasileira na segunda quinzena de março, comprometeu o setor automotivo. A produção de 189.958 veículos despencou 21,1% na comparação com o mesmo mês de 2019 e 7% em relação a fevereiro. A venda de 163.638 caíram 28,6,% sobre igual período do ano anterior e 18,6% a fevereiro. No resultado acumulado de 2020, a queda da produção foi de 16%.
O bom resultado da primeira quinzena de março amenizou a capotagem na produção e vendas.
Com as linhas de montagem paradas, os concessionários fechados e o aumento da pandemia do coronavírus, a partir do dia 23 a média diária de vendas caiu de cerca de 10 mil veículos para 2 mil.
As vendas tiveram o pior resultado desde março de 2006. Os dados divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) nesta segunda-feira (6) mostraram a queda da média diária de 25,2% na comparação com o mesmo mês de 2019 e 18,5% sobre fevereiro passado.
Vendas externas
A exportação manteve a queda dos últimos meses, provocada principalmente pelas dificuldades da economia argentina, agravadas pelo coronavírus. Em março os embarques caíram 21,1% na comparação ao mesmo mês de 2019 com 30.772 veículos.
Os reflexos na produção e venda serão maiores neste mês mas para o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, ainda não é possível prever o tamanho dos efeitos da pandemia do coronavírus na cadeia automotiva. Moraes defendeu a ajuda dos bancos às empresas enfrentarem a crise como ocorre em outros países.