A quase certeza de que Alex Sandro jogará diante da Croácia veio do treinamento individual feito pelo jogador, orientado pelo preparador Fábio Mashseredjian. O lateral correu, trocou de direção, saltou para cabecear, girou os quadris para os dois lados e chutou a bola com violência. O trabalho foi mais longo do que a atividade de campo dos jogadores que não atuaram diante da Coreia do Sul. Ao final da atividade, ele não apresentava nenhuma expressão de incômodo ou dificuldade para caminhar. Só faltou uma dança de bambolê para mostrar recuperação ampla na região da cintura. Agora é só participar da movimentação coletiva e enfrentar a Croácia.
Comandante otimista
Um dos mais otimistas entre a delegação brasileira quanto à escalação de Alex Sandro é exatamente o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, sempre sorridente e circulando pelos treinamentos. Ele afirmou que, após conversar com médicos e com a comissão técnica, passou a ter a convicção de que o lateral estaré em campo diante da Croácia. Ednaldo está extremamente satisfeito com o ambiente na Seleção e com sua participação no comando da delegação:
— Comigo aqui fica muito mais simples para resolvermos qualquer problema que acontece. Eu procuro diretamente as pessoas e a gente soluciona as situações que surgem.
O dirigente, entre outras coisas, se referia às questões envolvendo jogadores machucados e que foram cortados da Copa.Depois do português Vítor Pereira ter sido um assunto extra na Seleção Brasileira quando anunciado pelo Flamengo como novo treinador do clube, agora é a vez do Vasco virar o principal tema dos debates entre jornalistas. As contratações de Abel Braga para coordenador e Maurício Barbiéri como técnico fizeram o clube carioca rivalizar nos debates e resenhas entre a imprensa do Brasil com a situação do lateral Alex Sandro e a possibilidade de Tite recuperar seu time ideal na Copa.
O mascote Adenor
Entre os muitos gatos que circulam no Grand Hamad Stadium próximos dos treinamentos do Brasil, já havia um batizado de Hexa, frequentador da sala de imprensa. O mais assíduo dos felinos, porém, está junto da entrada do CT e volta e meia circula entre os jornalistas que ali montam postos de transmissão. Muito dócil, ele ganhou o nome de Adenor, em homenagem ao técnico Tite. O mais interessante é que o bichano já atende chamadas pelo nome e se tornou mascote da imprensa que até alimentos leva para o animal.
Blindagem contra Cartola
Há vice-presidentes da CBF no Catar. Fernando Sarney trata de assuntos institucionais no Hotel Fairmont, Francisco Novelletto também circula nos estádios em jogos do Brasil. Eles, no entanto, não estão no mesmo hotel da delegação e sequer mantêm contatos com o grupo de jogadores em áreas privativas. Também não são vistos nos treinamentos no Grand Hamad Stadium, onde poderiam se aproximar de atletas e da comissão técnica.
Sem graça
Que fique claro: existe cerveja nos estádios da Copa. O detalhe, nem tão detalhe assim, é que ela não tem álcool. Os bebedores contumazes acham uma verdadeira porcaria e a venda nos bares é muito inferior ao que se via em outros mundiais. Para quem acha que brasileiros não vivem sem uma ceva, imaginem alemães ou britânicos. O valor de uma lata no estádio é de 30 riais catares, o equivalente a R$ 45. O alto preço tem uma pequena compensação, o copo que serve de suvenir do mundial.
Aniversariante disponível
Ao que tudo indica, ele estará no mercado após a Copa para trabalhar em algum clube com toda a qualidade que sempre demonstrou. O preparador físico Fábio Mahseredjian trabalhou intensamente para colocar Alex Sandro no jogo contra a Croácia. Não por isto, mas pelo fato de completar 66 anos nessa terça-feira (6), ele foi homenageado com um Parabéns a Você cantado pelo setor das arquibancadas que recebia mais de uma centena de amigos e familiares da delegação brasileira após o treinamento.
