As dúvidas quanto a favoritismo no início do Brasileirão giravam basicamente entre os milionários Flamengo e Atlético-MG. Havia também candidatos fortes como Palmeiras e Grêmio. A seguir eram comentados postulantes com boas perspectivas, aparecendo Inter e São Paulo, os únicos dos citados que não tinham os respectivos títulos regionais. Passado mais de um turno da competição e a liderança passou para um daqueles que estava no último grupo, mas que apresenta uma situação invejável na tabela e que nunca esteve entre as apostas imediatas. O São Paulo tem bons motivos para sonhar com sua sétima conquista nacional.
Se a eliminação vexatória no Paulistão e a desclassificação na Libertadores com derrota para o modestíssimo Binacional do Peru abalaram a imagem do time são-paulino e a credibilidade do técnico Fernando Diniz, a irregularidade no início do campeonato brasileiro também não ajudou muito. Enquanto as principais atenções do Brasileirão se voltavam para Inter, Atlético-MG e Flamengo, Diniz foi dando maior consistência a sua equipe, tentando equilibrar as propostas extremamente ofensivas com capacidade de defesa. Se não conseguiu o ideal, pelo menos seu time reforçou a personalidade, tendo como ponto diferencial a presença do atacante Luciano, ex-Grêmio e hoje muito próximo da artilharia da competição.
Jogando contra o desesperado Botafogo no Morumbi nesta quarta-feira (9), o São Paulo que já folgou na liderança do Brasileirão pode atingir uma vantagem de sete pontos sobre seu mais próximo seguidor e com o mesmo número de jogos. Isto é muito significativo e tal diferença ainda não foi obtida na competição. Como disputa paralela surge para os são-paulinos apenas a Copa do Brasil que prevê um promissor duelo entre tricolores com o Grêmio, outro que apresenta curva ascendente neste final de ano. Os dois, aliás têm, no momento, os melhores desempenhos entre os times brasileiros. Se nos gaúchos houve uma decolagem, nos paulistas há também um time em pleno voo.