O torcedor fez um diagnóstico um tanto precipitado e até preconceituoso de que "Odair Hellmann bateu no teto com o time do Inter". No momento em que isto já era dito, o time era finalista da Copa do Brasil e figurava no G-4 do Brasileirão. Coube ao técnico e ao time darem razão aos críticos da maneira mais incontestável possível: dentro do campo.
O jogo contra o CSA foi, simplesmente, mais um sem bom desempenho, com escalação discutível — para não dizer equivocada — e carente de soluções.
A entrada de D'Alessandro, em meio ao segundo tempo, é apenas um dos componente dos fatos de difícil compreensão. Se ele não tinha condições plenas, ou não viaja ou começa a partida para encaminhar cedo um resultado. A teimosia com Uendel na lateral e nenhum teste para Zeca deu como resultado prático o pênalti que definiu o placar. A falta de um atacante com as características de posicionamento de Guerrero criou uma formação capaz apenas de fazer gols anulados. A viagem de Pedro Lucas para Maceió foi de uma inutilidade tão grande quanto a priorização de sua utilização entre os aspirantes.
O Inter parece ter dobrado o joelho no Brasileirão após errar nas avaliações e ser nocauteado na Copa do Brasil. O inegável bom trabalho de Odair pode estar começando sua fase final, ainda que ele fique — e merece ficar — até o final do ano.
Como solução em Alagoas, os jogadores acharam por bem sair de campo sem cumprir o compromisso do clube em conceder entrevistas à televisão. Isto, aliás, não faz diferença alguma. O problema é que o verdadeiro, e maior compromisso, é com a tabela do campeonato. E este também não vem sendo cumprido.
Quem era corneteiro, agora pode se gabar de ter sido visionário.