Quando Antônio Carlos Zago escalou o Inter com três atacantes para enfrentar o ABC, entendi que era uma experiência cabível, tratando-se de jogo no Beira-Rio e contra o ABC. Porém, quando Zago deixou o time com três e depois quatro atacantes em Belém, descobri que a escalação utilizada contra o ABC não era uma experiência. O treinador não sabia que não é possível jogar sem meio-campo.
As mudanças feitas por Zago contra o Paysandu foram assustadoras. Diante de tanto despreparo, só restava ao Inter dispensar o treinador. Os conceitos táticos de Zago indicam que ele não conseguiria organizar o Inter e trazê-lo de volta para a Série A. O treinador pediu para sair.
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Amotinado
Não me surpreenderia se os jogadores do Inter tivessem, consciente ou inconscientemente, contribuído para a queda de Antônio Carlos Zago. O desempenho individual de, pelo menos, metade do time, recomenda acreditar que não estavam dispostos a buscar a vitória.
Perder faz parte do jogo, mas não demonstrar o mínimo desejo de ganhar, honrando a camisa que vestem, é questão que merece explicação. Já foi dito e repetido em vários centros do país que o Inter disputava a Série B com um time de Série A. A performance da equipe em Belém foi de time B buscando a Série C.
Indiferença
Postado a beira do gramado, Zago não alterou nunca o seu comportamento impassível diante do desinteresse do time, em campo. Atitude que deve ter permanecido no vestiário pois o time voltou do intervalo com a mesma falta de disposição.
Mesmo vício
Paulão era responsabilizado pelos chutões da defesa para o ataque. O zagueiro saiu, já está jogando no Vasco da Gama e o time continua fazendo ligação direta entre defesa e ataque. Se Paulão não era culpado, de quem é a culpa pela manutenção do vício?
Novo treinador
Entre todos os nomes que são cogitados para treinar o Inter, o de Guto Ferreira é o mais indicado.
