Soube que Romildo Bolzan saiu abatido da venda de Walace. A atitude do jogador, forçando o Grêmio a vendê-lo teria sido um golpe duro no temperamento conciliador do presidente.
Walace bateu de frente com o dirigente gremista e não poupou, sequer, ameaças caso não fosse vendido. Não é um comportamento inédito. É comum jogadores passarem a imagem de cordeirinhos para o público externo enquanto, internamente, rangem dentes como se fossem lobos famintos.
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Bolzan, pensando nas dificuldades financeiras do clube, cedeu ao golpe de Walace e dispensou o jogador. Não foi a melhor decisão. Doravante, qualquer jogador fará uso do expediente utilizado por Walace quando quiser forçar a sua saída.
Um grande clube não pode abdicar da sua força. Bolzan perdeu ótima oportunidade de mandar um recado para os seus profissionais: o Grêmio não se submete a pressões. E o profissional precisa descobrir que contrato é documento definitivo. Se não quiser continuar jogando, que vá treinar sozinho. Um ano fora da vitrine será suficiente para que todo o vestiário aprenda que do outro lado existe um clube que não se verga a chantagens oportunistas.