Não deve haver no mundo treinador com mais sorte do que Celso Roth. Construiu uma carreira cometendo as maiores heresias e mesmo assim fez fortuna. Ele, um treinador que não sabe diferenciar uma bola de uma abóbora ou um jogador perna de pau de um bom jogador. Já deu inúmeras provas dos seus históricos equívocos. A última não completou uma semana: deixou Seijas no banco de reservas para escalar Anselmo. Ignorou a Cinderela e preferiu dançar com uma lagartixa.
Ainda assim, continua desfrutando de bom prestígio entre os dirigentes do Inter, especialmente Fernando Carvalho, que é capaz de indicar o destaque de um time do interior do Afeganistão mas, contraditoriamente, apóia as decisões de Roth. Pior, manifesta-se admirador de Anselmo, um dos mais imperfeitos volantes que já pisaram o lindo gramado do Beira-Rio. É assim que o Inter espera fugir da Série B. Com o mesmo Celso Roth de sempre e o novo e piorado Fernando Carvalho. E sabem o que move estes homens? O desejo imbatível de provar que ninguém sabe coisa alguma e só eles detém o conhecimento de tudo.
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Mas no Inter é assim mesmo. Eliminado pelo Mazembe com erros dramáticos de escalação, o Inter não apenas renovou o contrato de Roth como lhe concedeu polpudo reajuste salarial. E agora, buscam-no para salvar o Inter. Suicídio.
Os melhores
Eu já estava para escrever que bom remédio para o Inter seria colocar em campo os seus melhores jogadores, mas imediatamente dei-me conta que os melhores, para Roth e Carvalho, são Anselmo e não Seijas, Aylon e não Nico López, Artur e não Ceará, Paulão e não Eduardo e Sasha e não Ferrareis. O Inter morre nos conceitos. Exemplo: Valdívia nunca foi armador, sempre se destacou como segundo atacante. Homem de marcar bonitos gols. Mas Celso Roth insiste em “queimá-lo” no setor de armação. Sob aplausos oficiais.
Pesos e medidas
Perguntaram ao Fernando Carvalho se o Inter poderia substituir Celso Roth. Resposta: “Não, porque Roth só tem um mês de trabalho”. Tem toda a razão. Porém, quanto tempo de trabalho deram para Falcão? Todo o mundo conhece a resposta: cinco jogos. Minha falecida vó Maria já dizia: Deus não mata, mas castiga.
Volantes colorados
Sabem por que Rodrigo Dourado, Anselmo e Fabinho, três volantes, não podem ser titulares do Inter? Simples: porque apenas Dourado tem qualidade. Volante ruim não pode jogar assim como zagueiro ruim, atacante ruim, ou seja, lá qual for a posição. Jogador ruim deve ficar no banco de reservas. Melhor, fora do estádio.
Torcida resolve
Vitorio Piffero acredita que o Inter encontrará a salvação nos jogos que terá no Beira-Rio. Segundo o presidente colorado, a torcida garantirá os pontos que o Inter precisa para não cair. A torcida colorada ajudará, sem dúvida. Mas e o time?
*ZHESPORTES
