O único jogador do time vaiado durante o jogo contra o Palmeiras foi Enner Valencia, mas não reside nele o problema do time.
Talvez tenha sido a pior partida de Valencia com a camisa do Inter. Diferentemente de outros jogos, quando foi criticado por errar gols, desta vez nem isso fez. A única finalização dele foi um chute cruzado, quase sem ângulo, no primeiro tempo, que Weverton defendeu.
Não teve arrancada, não deve disputa com zagueiro e nenhuma chance criada por ele. Na velocidade, perdeu todas para os zagueiros do Palmeiras. Ainda assim, insisto que ele não é o problema do time.
Há muito que ele não recebe um cruzamento que o deixe em condições de finalizar, seja de cabeça ou pé. Assisti o jogo da arquibancada superior e com uma visão geral do campo, percebi que quando ele se posicionava para receber um passe, longo ou curto, a bola não chegava.
Não tenho procuração para defender Valencia. Acho ele um baita atacante, mas reconheço o péssimo momento técnico e físico dele. Mas tá faltando parceria. A dupla Borré e Valencia ainda não deu liga. Estão distantes em campo. Sem Alan Patrick, o último a deixá-lo na cara do gol (contra o Juventude), a bola não está chegando em condições.
O que podemos debater aqui é o interesse dele com o jogo ou com o clube. Por vezes, parece que ele não está completamente engajado com o processo. Isso é trabalho para Roger e até para os dirigentes.
Reitero que os problemas do time, que não são poucos, não passam pela fase ruim de Enner Valencia. Ele não pode sair do time por um simples motivo: É o melhor que temos na função.
Contratar um novo camisa 9 seria uma solução? Não acredito que seja prioridade. Resgatar o interesse dele com o jogo, com o time, com o clube, é fundamental. Mas antes disso, é preciso organizar os setores que marcam e criam da equipe para que a bola chegue em condições lá na frente.