É bom para o Rio Grande do Sul que seu governador se projete no cenário nacional. Não é apenas uma questão simbólica de imagem do Estado. Muitas portas se abrem mais facilmente quando quem bate tem perspectiva de poder. Dentro desse contexto, é compreensível a frustração e até a irritação de Eduardo Leite com o fiasco das prévias do PSDB. Os impactos do apagão tecnológico vão além das fronteiras do ninho tucano, jogando sombras em todo o processo eleitoral, no momento em que se questiona a segurança da aferição eletrônica da vontade popular.
Dito isso, quatro dias depois do naufrágio da consulta interna, chegou a hora de o governador gaúcho voltar totalmente a sua atenção para a gestão do Rio Grande do Sul, para a qual foi eleito.
Desde domingo, Leite esteve focado nos embates internos do seu partido. É importante que continue prestando atenção nisso, mas os gaúchos querem seu governador, integralmente, de volta. Questões partidárias não podem se sobrepor, na agenda, na mente e no coração, às obrigações de um cargo do qual dependem tantos e tantas coisas.