Se fala na crise entre os poderes como se ela fosse a mais importante do país. Não é. A crise mais grave do Brasil é entre vizinhos que pensam diferente e não se falam mais, entre o tio e o sobrinho que brigaram no grupo da família por causa do Lula e do Bolsonaro, entre os pais dos coleguinhas que contaminam as relações de seus filhos com uma radicalização destrutiva.
A maior crise do Brasil é quando as pessoas sensatas chegam à conclusão de que é melhor não falar sobre política para não brigar, enquanto política deveria ser um assunto estimulante e agregador, no sentido da soma de ideias para construir soluções criativas de futuro.