Constrangimento e inflamados debates internos nas Forças Armadas. A presença do general e ex-ministro Eduardo Pazuello em uma manifestação pró-governo, em Brasília, ainda vai dar muito pano para manga. De um lado, os que defendem uma punição, baseados no dispositivo que proíbe a participação de militares da ativa em atos de natureza político-partidária.
De outro, os defensores da tese de que o presidente Bolsonaro está sem partido. Logo, não houve apoio desse natureza. Além disso, disparam os bolsonaristas, o general foi chamado ao palanque pelo comandante supremo das Forças Armadas, que é o presidente. Logo, infração seria não subir.
A retórica comporta tudo. Mas existe um jeito fácil de evitar situações como essa, que geram desgaste, acima de tudo para os militares. Proibir expressamente, por lei ou regimento interno, a participação de militares da ativa em cargos escalões elevados dos governos. Simples, fácil, profilático e urgente.