General de carreira militar brilhante, Eduardo Pazuello está preso no purgatório. Demitido do Ministério da Saúde em meio ao caos sanitário, não tem mais lugar nas Forças Armadas depois de ocupar uma função política no governo.
Seja qual for seu destino, será pouco nobre e, sempre, um prêmio de consolação. Em dimensões diferentes, repete a trajetória de um outro ex-ministro, Sergio Moro, que trocou uma carreira sólida pelo canto da sereia do poder.
Um magistrado duro de cintura e um militar guiado pela disciplina e pela hierarquia precisariam de uma pós-graduação no inferno antes aceitar um cargo no Ministério em meio à maior polarização da História recente do Brasil.