Se as empresas de ônibus da Capital aplicarem a lei ao pé da letra, quebrarão. O pedido de reajuste das tarifas, previsto para fevereiro, é o maior desafio, até agora, da nova gestão de Sebastião Melo. O cálculo prevê fatores como número de passageiros, combustível, outros insumos e salários de motoristas e cobradores. Se tudo por colocado integralmente na equação, o preço da passagem ficará impagável, os aplicativos se tornarão ainda mais atrativos e as vendas de bicicletas aumentarão.
Não existe coelho na cartola. As negociações, que seguem em bom nível, precisam avançar. Hoje, uma das soluções mais viáveis é de aprovar uma “tarifa intermediária” inferior a R$ 5. Feito isso, em um prazo de 90 dias, concentrar esforços para a construção de uma saída definitiva.
O preço elevado da tarifa, associado à queda na qualidade do serviço, constatada através das reclamações dos usuários, empurra o nosso sistema de ônibus para um abismo. O prefeito Melo, o secretário do Mobilidade, Luiz Fernando Záchia, e os donos das empresas precisam, mais do que nunca, acreditar no poder da conversa para encontrar a solução, certamente não a ideal, mas a possível.